José Machado

"Do vale das mãos que trabalham o barro; das memórias que cantam cantigas e histórias; dos homens que poetam seus sonhos, ainda que amortecendo as costelas em cama de vara. Desse Vale, José Machado é artesão nato [Carmem Perrota]"

O poeta, artista plástico, professor e ator José Machado de Mattos nasceu no distrito de São Pedro de Jequitinhonha, pertencente ao município de Jequitinhonha, em 6 de junho de 1949. É o segundo filho de oito filhos de Placidina Rosa Chaves e João Machado da Costa. Ingressou no seminário Diocesano da cidade de Araçuaí em 1962, onde estudou em regime de internato. Formou-se em Letras pela UFMG em 1972. Em 1973, ajudou o poeta Tadeu Martins a criar, em Itaobim, o jornal Gazeta Estudantil que, posteriormente, transformou-se no periódico O Grito. Foi secretário de Educação do município de Jequitinhonha na gestão de Márcio Cunha Melo, entre os anos de 1973 e 1977. Nesse município também foi coordenador do Mobral. Em 1984, mudou-se para Belo Horizonte, e, em 1985, para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como servidor Estadual da Fundação Educar, ex-Mobral, e, casou-se com Valéria Napolião Nappi. Licenciou-se como ator, especializou-se em Educação de Adultos pela USU e estudou Aquarela Contemporânea. Em 1989, retornou à cidade de Jequitinhonha, onde voltou a trabalhar como professor e na montagem de peças de teatro que abordavam temáticas regionais. Nunca se separou legalmente da esposa. Afastou-se da docência em 1992 por causa da esquizofrenia. Passou, então, a percorrer várias cidades de Minas Gerais com exposições de Aquarela Contemporânea. Morreu em 12 de fevereiro de 2001, vítima de acidente de trânsito. Participou dos livros Jequitinhonha Antologia Poética, em 1982, e Jequitinhonha Antologia Poética II, em 1985. E publicou, em 1989, com o apoio da Prefeitura Municipal de Jequitinhonha, o livro Brinco de Palavras, que recebeu menção honrosa, na categoria A, do “Prêmio Guararapes”, de 1986, da União Brasileira de Escritores.

Nascimento 1949
Morte 2001
Naturalidade Minas Gerais
Gênero Poesia
Idioma Português

Obras do autor

Jequitinhonha – Antologia Poética

A manhã chega ao Vale do Jequitinhonha, nas asas da poesia. E a terra acorda. E se ouve os primeiros murmúrios, canoas que descem o rio nas palavras dos homens. Dos quatro cantos do Vale, cinco cantos se apresentam. Cinco poetas cantam nas páginas de “Jequitinhonha – Antologia Poética” a cumplicidade que o amor reserva aos arautos do seu tempo. A terra envolvendo os poemas em mantos de sonho. A palavra mantendo seu vínculo ancestral com o destino obscuro das coisas do mundo. Sobretudo, mudá-las. O pacto do poeta.

Entende-se “Jequitinhonha – Antologia Poética” como se do livro emergisse o Vale, naufragado no escuro esquecimento da miséria. Entende-se o canto obstinado dos poetas de uma terra afligida em dores. Como se essas dores fossem um parto: o parto da poesia. Parto de um livro. Parto da resistência digna de homens que vivem a sonhar continuamente seu tempo.

Lançamento

Jequitinhonha – Antologia Poética II

A manhã chega ao Vale do Jequitinhonha, nas asas da poesia. E a terra acorda. E se ouve os primeiros murmúrios, canoas que descem o rio nas palavras dos homens. Dos quatro cantos do Vale, cinco cantos se apresentam. Cinco poetas cantam nas páginas de “Jequitinhonha – Antologia Poética” a cumplicidade que o amor reserva aos arautos do seu tempo. A terra envolvendo os poemas em mantos de sonho. A palavra mantendo seu vínculo ancestral com o destino obscuro das coisas do mundo. Sobretudo, mudá-las. O pacto do poeta.

Entende-se “Jequitinhonha – Antologia Poética” como se do livro emergisse o Vale, naufragado no escuro esquecimento da miséria. Entende-se o canto obstinado dos poetas de uma terra afligida em dores. Como se essas dores fossem um parto: o parto da poesia. Parto de um livro. Parto da resistência digna de homens que vivem a sonhar continuamente seu tempo.