Cláudio Bento

"Minha poesia é de um tempo que já não existe, mas que mora ainda na minha memória. "

Cláudio Bento nasceu na cidade de Jequitinhonha no dia 8 de outubro de 1959. Fez os primeiros estudos no tradicional Grupo Escolar Nuno Melo. Começou a escrever no final dos anos setenta influenciado pelos poetas que lia na sua infância: Castro Alves, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e só mais tarde conheceu a obra do poeta Ferreira Gullar, que acabou influenciando sua poesia de maneira profunda e essencial. Integrou a Cia Teatral Gruteje, cuja direção era do poeta e professor José Machado de Matos, figura muito importante na sua formação literária. Publicou seus primeiros livros nos anos oitenta, entre eles, Coração de Barro e Cabeça de Poeta. Nos anos noventa iniciou sua saga de ser premiado em diversos concursos literários em vários estados, como Minas Gerais, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. No seu trabalho de compositor de música popular brasileira, possui parcerias com nomes como Gonzaga Medeiros, Rubens Espíndola, Caio Duarte, Lima Júnior, Ivone Cerqueira, Marcela Veiga, Toninho Muquiça e Sérgio Tróia. Atualmente o poeta Cláudio Bento dá nome a uma biblioteca escolar de sua cidade natal, é membro da Academia de Letras de Teófilo Otoni, idealizou o Coletivo de Poetas e Escritores do Vale do Jequitinhonha e tornou-se com o passar do tempo, um dos nomes mais conhecidos da literatura do Vale do Jequitinhonha.

Nascimento 1959
Naturalidade Minas Gerais
Gênero Poesia
Idioma Português

Obras do autor

Lançamento

Invenção das Coisas

Os poemas do livro Invenção das coisas em sua grande maioria, foram escritos durante a pandemia. O título sugere a inevitável reinvenção das coisas que nos rodeiam, nosso ser-estar no mundo, nossa capacidade de re-criacão, de percepção da vida, da aflorada sensibilidade que brota do mistério.

Jequitinhonha – Antologia Poética III

A manhã chega ao Vale do Jequitinhonha, nas asas da poesia. E a terra acorda. E se ouve os primeiros murmúrios, canoas que descem o rio nas palavras dos homens. Dos quatro cantos do Vale, cinco cantos se apresentam. Cinco poetas cantam nas páginas de “Jequitinhonha – Antologia Poética” a cumplicidade que o amor reserva aos arautos do seu tempo. A terra envolvendo os poemas em mantos de sonho. A palavra mantendo seu vínculo ancestral com o destino obscuro das coisas do mundo. Sobretudo, mudá-las. O pacto do poeta.

Entende-se “Jequitinhonha – Antologia Poética” como se do livro emergisse o Vale, naufragado no escuro esquecimento da miséria. Entende-se o canto obstinado dos poetas de uma terra afligida em dores. Como se essas dores fossem um parto: o parto da poesia. Parto de um livro. Parto da resistência digna de homens que vivem a sonhar continuamente seu tempo.